ho do vos ser sincero. Cada vez me custa mais escrever para aqui. Não é que não goste de o fazer, mas a preguiça para o feito é tanta que na maior parte das vezes acabo por desistir. São 3 anos nisto, meus amigos, 3 anos! Ando cansado, velho e parece que estou sempre a escrever o mesmo post.
Mas apesar de tudo, depois de ter jogado a semana passada a Imperial de Mac Gerdts, fiquei com um bichinho de fazer uma Session Report gloriosa, daquelas a contar como correram as mudanças de países, as guerras, o sangue, o dinheiro e os interesses políticos por detrás de cada jogador. Mas se a intenção era boa, pior foi a sua concretização. Nada! Passei o fim-de-semana a ver bola, golf e a beber margueritas (que entretanto aprendi a fazer). Nem o computador liguei e a determinada altura já estava com os copos e o momento ideal para a escrita passou.
Por isso deixei de lado a aventura de escrever uma session gloriosa e vou apenas descrever as minhas ilações sobre a jogatana. Assim, a seco, sem rodopios narrativos nem nada. Esta é a session report mais aborrecida que você, leitor, pode encontrar nos blogs da especialidade, mas por outro lado pode até ser bastante interessante discutir. A ideia é conhecer as experiências dos caros leitores sobre este jogo e como é que as partidas fluem no vosso grupo.
Filipão: O Filipão foi sem dúvida o jogador da noite. Numa estreia absolutamente sensacional, conseguiu trazer muita frescura à experiência. Sem saber muito bem o que fazer e de maneira a esconder-se do jogo, nunca assumiu nenhuma potência. Ora, esta opção acabou por ser bastante proveitosa para ele. Com ela, acabou por poder comprar acções de todos os países e como não tinha o controlo de nada, acabava por adquirir as acções sempre que a carta de investor passava de mãos. Por outro lado, como tinha acções de praticamente todos os países acabou por estar sempre a receber dinheiro cada vez que alguma potência caía no investor. Por esse facto os seus ganhos, apesar de serem poucos de cada vez, eram constantes. Acabou por ser uma estratégia bastante funcional que me fez pensar no jogo e equacionar toda a minha forma de jogar. Filipão não se aguentou até ao fim. Ironicamente, a determinada altura, acabou por decidir, num acto de coragem, comprar o poder na Áustria. A partir dessa altura não pôde mais comprar acções com a passagem do investor, porque não beneficiava da regra que permite a um jogador sem controlo em nenhuma potência poder comprar uma acção. Filipão apostou na Áustria, perdeu a aposta e acabou por perder o primeiro lugar.
Hugo: Eu fiz o que costumo fazer nos jogos todos de Imperial. Compro a Áustria e a Rússia e faço um pacto de não agressão e consigo que as potências em questão dividam os países da Europa do Leste. Isso é o suficiente para lutar pelos primeiros lugares e também para que tanto a Áustria como a Rússia sejam bons investimentos. Mas desta vez a coisa não correu muito bem. Quer dizer, ao princípio as potências em questão até se destacaram (mais a Rússia) mas não deram o salto. Descobri, que apesar da vantagem inicial duma ligação Áustria/Rússia chega-se a um ponto em que estas se anulam e acabam por não conseguir evoluir. Penso que vai ser a última vez que faço um jogo baseado no controle Austra/Rússia. Bem me avisou o Zorg para esse facto.
Zorg: Investiu mais na Itália e Inglaterra, com algumas investidas na França e Rússia. Acho que nunca assumiu o risco e ficou sempre na expectativa. A expectativa compreende-se porque foi um jogo em que as potências andaram sempre juntas pela track de pontuação. Era de facto muito difícil prever qual seria a vencedora para se gastar dinheiro nas suas acções. A oportunidade só chegou no fim, mas já era muito tarde e os outros jogadores anteciparam a vitória da Alemanha e já tinham comprado acções desta, obtendo vantagem sobre ele. No entanto fiquei impressionado como ele trabalhou a Inglaterra e ganhou dinheiro com ela. De facto com um investimento fraquinho conseguiu retirar imenso das terras de sua majestade. Inglaterra deve funcionar bem como apoio marítimo á França ou mesmo Alemanha. Acho difícil conseguir ser a potência mais valiosa num jogo.
Spirale: Em termos de grandes líderes, Spirale sabe o que faz. Com uma astúcia sem memória, Spirale assumiu a si a Alemanha e construiu uma potência com “P” grande. A Alemanha ganhou o jogo e foi Spirale que lhe edificou o poder. Apesar de tudo, Spirale não ganhou. Foi o jogador que mais se esforçou por levar uma potência a bom Porto, mas não conseguiu a vitória. Bateu em tudo e todos mas aprendeu que ser um bom líder em Imperial não serve de nada. No entanto Spirale vai fazer referência durante vários meses a esta sessão e principalmente à Alemanha que conseguiu construir.
Ricardo: Começou o jogo como o Filipão. Passou o início escondido do grande palco, sem assumir nenhuma potência. A determinada altura do jogo pegou na França e na Itália. Percebeu-se que a França tinha grandes hipóteses de ganhar o jogo quando ele lho pôs as mãos. A determinada altura havia dúvidas se seria melhor comprar acções da França ou Alemanha. Mas, ao contrário de Spirale, Ricardo nunca teve uma mão de ferro e nunca conseguiu assumir-se como um líder nato. A França, acabou por não evoluir na classificação e acabou se afundar. Mas Imperial tinha uma surpresa reservada para os jogadores. Deu a vitória a Ricardo. Apesar de ser um mau líder, acabou por ganhar. Beneficiou de comprar a última acção dum país, numa altura em que se sabia que a Alemanha ia ganhar. Comprou uma acção alta deste país e ganhou. Isto levantou-me uma questão pertinente. Saber se o último jogador a comprar uma acção ganhava sempre. Isto porque nas minhas 3 últimas partidas foi isso que aconteceu. Mas outros jogadores juraram-me que nunca tinham reparado nisso.
A sessão foi muito boa. O Jogo terminou às duas da manhã e havia tanto para falar na altura que, devido ao adiantar da hora e à obrigação de acordar cedo na manhã seguinte, vimo-nos forçados a despedirmo-nos. Mas essencialmente esta secção fez-me ver Imperial com outros olhos e perceber alguma coisa dele. Para já que tem sorte. Parece-me, de alguma forma, que quando o jogo se começa a definir, os jogadores que vão ter a possibilidade de investir têm vantagem.
Por outro lado, de nada valem as teorias que se possam ter sobre o jogo. Tudo pode falhar na hora de fazer as contas. E isso é fantástico, ou não fosse ele um SpielPortugal. Por outro lado também é um jogo que se transforma consoante as dinâmicas dos grupos.
Mas apesar de tudo, depois de ter jogado a semana passada a Imperial de Mac Gerdts, fiquei com um bichinho de fazer uma Session Report gloriosa, daquelas a contar como correram as mudanças de países, as guerras, o sangue, o dinheiro e os interesses políticos por detrás de cada jogador. Mas se a intenção era boa, pior foi a sua concretização. Nada! Passei o fim-de-semana a ver bola, golf e a beber margueritas (que entretanto aprendi a fazer). Nem o computador liguei e a determinada altura já estava com os copos e o momento ideal para a escrita passou.
Por isso deixei de lado a aventura de escrever uma session gloriosa e vou apenas descrever as minhas ilações sobre a jogatana. Assim, a seco, sem rodopios narrativos nem nada. Esta é a session report mais aborrecida que você, leitor, pode encontrar nos blogs da especialidade, mas por outro lado pode até ser bastante interessante discutir. A ideia é conhecer as experiências dos caros leitores sobre este jogo e como é que as partidas fluem no vosso grupo.
Filipão: O Filipão foi sem dúvida o jogador da noite. Numa estreia absolutamente sensacional, conseguiu trazer muita frescura à experiência. Sem saber muito bem o que fazer e de maneira a esconder-se do jogo, nunca assumiu nenhuma potência. Ora, esta opção acabou por ser bastante proveitosa para ele. Com ela, acabou por poder comprar acções de todos os países e como não tinha o controlo de nada, acabava por adquirir as acções sempre que a carta de investor passava de mãos. Por outro lado, como tinha acções de praticamente todos os países acabou por estar sempre a receber dinheiro cada vez que alguma potência caía no investor. Por esse facto os seus ganhos, apesar de serem poucos de cada vez, eram constantes. Acabou por ser uma estratégia bastante funcional que me fez pensar no jogo e equacionar toda a minha forma de jogar. Filipão não se aguentou até ao fim. Ironicamente, a determinada altura, acabou por decidir, num acto de coragem, comprar o poder na Áustria. A partir dessa altura não pôde mais comprar acções com a passagem do investor, porque não beneficiava da regra que permite a um jogador sem controlo em nenhuma potência poder comprar uma acção. Filipão apostou na Áustria, perdeu a aposta e acabou por perder o primeiro lugar.
Hugo: Eu fiz o que costumo fazer nos jogos todos de Imperial. Compro a Áustria e a Rússia e faço um pacto de não agressão e consigo que as potências em questão dividam os países da Europa do Leste. Isso é o suficiente para lutar pelos primeiros lugares e também para que tanto a Áustria como a Rússia sejam bons investimentos. Mas desta vez a coisa não correu muito bem. Quer dizer, ao princípio as potências em questão até se destacaram (mais a Rússia) mas não deram o salto. Descobri, que apesar da vantagem inicial duma ligação Áustria/Rússia chega-se a um ponto em que estas se anulam e acabam por não conseguir evoluir. Penso que vai ser a última vez que faço um jogo baseado no controle Austra/Rússia. Bem me avisou o Zorg para esse facto.
Zorg: Investiu mais na Itália e Inglaterra, com algumas investidas na França e Rússia. Acho que nunca assumiu o risco e ficou sempre na expectativa. A expectativa compreende-se porque foi um jogo em que as potências andaram sempre juntas pela track de pontuação. Era de facto muito difícil prever qual seria a vencedora para se gastar dinheiro nas suas acções. A oportunidade só chegou no fim, mas já era muito tarde e os outros jogadores anteciparam a vitória da Alemanha e já tinham comprado acções desta, obtendo vantagem sobre ele. No entanto fiquei impressionado como ele trabalhou a Inglaterra e ganhou dinheiro com ela. De facto com um investimento fraquinho conseguiu retirar imenso das terras de sua majestade. Inglaterra deve funcionar bem como apoio marítimo á França ou mesmo Alemanha. Acho difícil conseguir ser a potência mais valiosa num jogo.
Spirale: Em termos de grandes líderes, Spirale sabe o que faz. Com uma astúcia sem memória, Spirale assumiu a si a Alemanha e construiu uma potência com “P” grande. A Alemanha ganhou o jogo e foi Spirale que lhe edificou o poder. Apesar de tudo, Spirale não ganhou. Foi o jogador que mais se esforçou por levar uma potência a bom Porto, mas não conseguiu a vitória. Bateu em tudo e todos mas aprendeu que ser um bom líder em Imperial não serve de nada. No entanto Spirale vai fazer referência durante vários meses a esta sessão e principalmente à Alemanha que conseguiu construir.
Ricardo: Começou o jogo como o Filipão. Passou o início escondido do grande palco, sem assumir nenhuma potência. A determinada altura do jogo pegou na França e na Itália. Percebeu-se que a França tinha grandes hipóteses de ganhar o jogo quando ele lho pôs as mãos. A determinada altura havia dúvidas se seria melhor comprar acções da França ou Alemanha. Mas, ao contrário de Spirale, Ricardo nunca teve uma mão de ferro e nunca conseguiu assumir-se como um líder nato. A França, acabou por não evoluir na classificação e acabou se afundar. Mas Imperial tinha uma surpresa reservada para os jogadores. Deu a vitória a Ricardo. Apesar de ser um mau líder, acabou por ganhar. Beneficiou de comprar a última acção dum país, numa altura em que se sabia que a Alemanha ia ganhar. Comprou uma acção alta deste país e ganhou. Isto levantou-me uma questão pertinente. Saber se o último jogador a comprar uma acção ganhava sempre. Isto porque nas minhas 3 últimas partidas foi isso que aconteceu. Mas outros jogadores juraram-me que nunca tinham reparado nisso.
A sessão foi muito boa. O Jogo terminou às duas da manhã e havia tanto para falar na altura que, devido ao adiantar da hora e à obrigação de acordar cedo na manhã seguinte, vimo-nos forçados a despedirmo-nos. Mas essencialmente esta secção fez-me ver Imperial com outros olhos e perceber alguma coisa dele. Para já que tem sorte. Parece-me, de alguma forma, que quando o jogo se começa a definir, os jogadores que vão ter a possibilidade de investir têm vantagem.
Por outro lado, de nada valem as teorias que se possam ter sobre o jogo. Tudo pode falhar na hora de fazer as contas. E isso é fantástico, ou não fosse ele um SpielPortugal. Por outro lado também é um jogo que se transforma consoante as dinâmicas dos grupos.