26 setembro 2005

Crítica: Colossal Arena

São cada vez mais apreciados os jogos de cartas por parte dos board gamers. Além de pesarem pouco, serem baratos e fáceis de transportar, podem, por outro lado, ser jogados em qualquer ocasião e em qualquer sítio, não sendo necessário, para o efeito, muito mais do que uma pequena mesa. Para além disso servem também como um bom veículo para cativar novos jogadores para o maravilhoso e sempre cativante mundo dos Board Games. Nestas coisas a ocasião faz o ladrão e tem sido, mais ou menos consensual hoje em dia, que já não há muita paciência para jogar Sueca cada vez que alguém dá a ideia de jogar às cartas. Nesse sentido vai aumentando a dificuldade em arranjar parceiros para o jogo inventado por surdos e mudos, pelo que os card games, como o Colossal Arena ou o Lost Cities, se assumem como uma alternativa mais do que válida para substituir o tradicional baralho de cartas. São pois estes os momentos ideais para converter novos jogadores.



Aproveitando a crítica feita recentemente neste blog ao Euphrates e Tigris de Reiner Knizia, lembrei-me de escrever sobre outro dos jogos daquele que é considerado por muitos como o melhor game designer da actualidade.
Colossal Arena é, portanto, um jogo de cartas muito fácil de jogar, cheio de boas intenções e cujo objectivo é apenas o de divertir. Nada de grandes raciocínios nem de grandes estratégias. O intuito é fazer com que todos participem e que qualquer participante possa ganhar, principalmente os mais novos que vão o adorar, pelo menos até ao momento que começarem a jogar ao sempre suspeito Magic the Gathering.
O contexto é o seguinte: 8 monstros conhecidos do grande público lutam até à morte em sucessivos assaltos. Cabe ao jogador apostar naquele que julga ter maiores hipóteses para vencer, sendo no entanto os jogadores a assumirem um papel preponderante no resultado final dessas batalhas.
Existem 12 monstros, mas destes, só oito é que entram na arena. Assim temos Amazon, Colossus, Cyclops, Daimon, Ettin, Gorgon, Magus, Seraphin, Titan, Troll, Unicorn e Wyrm.
Cada monstro tem 11 cartas inerentes à sua figura que possuem os valores de 0 a 10. São esses valores que mostram a força do monstro nas batalhas. Ao jogador cabe a tarefa de jogar essas cartas de forma a diminuir ou aumentar a força do dito monstro. Cada jogador tem sempre 8 dessas cartas na mão que joga à vez no sentido dos ponteiros do relógio.
São 5 rondas e cada uma termina quando cada personagem em confronto tiver pelo menos uma carta de força associada a ele. A que tiver a carta de força com o número menor sai de jogo e assim sucessivamente no total de 5 rondas, até que sobrem 3 criaturas que formam assim a tríade vencedora.
Para se ganhar pontos e jogos, o jogador tem de apostar num ou vários monstro que ache que pode defender até ao fim das 5 rondas. Convém que tenha cartas de força altas para o poder indo salvar, ao mesmo tempo que vai distribuindo cartas de valores baixos aos monstros em que os outros jogadores apostaram.
O jogador vai apostando, ao longo das 5 rondas que dura o combate, nos monstros que pensa poder salvar. Essas apostas podem ser feitas a qualquer altura, mas quanto mais cedo as fizer mais pontos amealha. Por exemplo, uma aposta feita na primeira ronda vale 4 ouros, enquanto que na 4ª ronda vale apenas 1. Seja como for toda a gente vê as apostas de toda a gente, excepto se o jogador quiser fazer uma aposta escondida e nesse caso não revela a ninguém, a não ser em condições especiais que vêem nas regras.
Cada criatura tem um poder especial. Deste modo, o jogador que mais apostou num monstro, pode ao jogar uma carta do mesmo, ter direito a activar o seu poder. Existem poderes para todos os gostos e muito diferentes entre si. Desde a possibilidade de trocar cartas, trocar apostas, trocar cartas de mão, tirar cartas aos adversários, activar poderes de criaturas já mortas, etc.



E pouco mais há a dizer. Colossal Arena tende a divertir toda a gente e a única estratégia que existe é aguentar o jogo de forma a que sejamos o último jogador a pôr a última carta de força resolvendo dessa forma que monstros continuam e que monstro morre. Nem sempre é fácil e a dificuldade aumenta quanto maior for o numero de participantes que pode chegar, no máximo, aos 5. Cada partida, se não houver muita conversa, chega aos 45 minutos sem problemas.
Não é um jogo que se jogue vezes sem conta como as obras primas de Reiner Knizia, mas é com prazer com que se gasta uma tarde ao redor do mesmo.
Ideal para festas de aniversário de crianças, casamentos, baptizados e tardes enfastiosas em parques de campismo...

5 comentários:

zorg disse...

Não concordo muito com este review.

Acho que o Colossal Arena é tudo menos um jogo light, ou com pouca estratégia.

É evidente que tem uma componente importante de sorte (nas cartas que vão saindo) mas também tem uma parte importante de bluff, de capacidade de prever o que os outros jogadores vão fazer e reagir da melhor maneira, em função das cartas que se tem na mão.

Esta nova versão, ainda acrescenta os poderes especiais dos monstros, que contribuem para mais uma camada de estratégia, não negligenciável.

Um defeito deste jogo, na minha opinião, é que a ordem pela qual os jogadores se sentam na mesa, pode ter um impacto no resultado final maior do que o ideial.

Mas é um excelente jogo, que estou sempre disposto a jogar!

Hugo Carvalho disse...

Não concordo que o bluff seja uma parte importante. Além do mais com cerca de 100 cartas a entrarem no jogo, torna-se difícil acreditar em qualquer bluff. Já joguei três vezes ao Colossal Arena e nunca me preocupei com aquilo que os outros jogadores pudessem ter em mão.
Apesar de tudo, existe uma componente de estratégia, mas é sempre a mesma, tentar que sejamos o último jogador a colocar a última carta e controlar as apostas dos adversários. É um jogo divertido, como já disse, mas que não exige grande destreza mental.
Mas estou sempre pronto a jogá-lo. Anytime anywhere.

F.S. disse...

Gosto das séries "light" da Fantasy Flight - tenho o Drakon, o Cave Troll e o Arena Maximus - e para aquelas alturas em que não se está disposto a jogar uma sessão de 5 horas são ideais, pois são divertidos e rápidos.

Suponho que o Colossal Arena se insira também nesta categoria.

zorg disse...

Eu não o consideraria propriamente light. Um jogo de colossal ainda demora um tempinho e, contrariamente ao que diz este reviewer, ainda dá que pensar.

Acho que a opinião dele é um bocado condicionada pelo facto de ter jogado poucas vezes e com jogadores também pouco experientes.

Em relação à silver line da FF, só experimentei ainda outro jogo, o Citadels do Bruno Faidutti, esse sim um jogo um bocadinho mais light, embora bastante engraçado.

Anónimo disse...

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