10 outubro 2005

Bom Natal

Já não é tão cedo assim para começarmos a falar dos jogos que para aí vêem. O Natal está quase a chegar, o pessoal tem mais uns Euros no bolso e por isso, a altura, é a ideal para iniciar a análise dos títulos que poderão vir no sapatinho.
Com tanto feriado e festa, não vai ser difícil arranjar jogadores para comer bolo rei, beber vinho e partilhar uma bela jogatana na mesa lá da sala.
Todos os anos esta quadra traz com ela uma quantidade anormal de jogos de tabuleiro e portanto, já os comecei a espreitar e pretendo partilhar convosco as minhas maiores esperanças. Já sei que não os vou comprar todos, até porque destes só metade é que vai valer a pena, mas seja como for, nada como fazer uma primeira análise.

Tempvs
Uma das novas milhentas criações de Martin Wallace. É um jogo de civilização de 90 minutos para 5 jogadores. Aparentemente o seu grande trunfo é a simplicidade das regras que se opõe ao que é habitual neste tipo de jogos, onde reina uma certa complexidade nem sempre do agrado dos gamers.
Pelo que li parece uma variação mais evoluída do Catan. Tal como o jogo de Klaus Teber o espaço onde decorre a acção é uma ilha cuja estrutura pode variar de jogo para jogo. Existem construções, guerras e montes de opções muito ao estilo daquilo que Wallace já nos habituou. Uma opção errada e o jogador tem de reestruturar toda a sua estratégia de forma a se coadunar à nova realidade.
Por enquanto as opiniões têm sido muito favoráveis e já há quem o considere a obra prima deste designer inglês.
Cá esperamos para ver, mas estou confiante.



World of Warcraft
Sempre fui um apreciador do mundo de Warcraft. O primeiro jogo baseado nesse ambiente não correu muito bem, pelo menos a fazer fé nas críticas. Esperemos que agora a coisa saia bem melhor.
O esforço dos envolvidos no projecto é grande. 200 figuras, carradas de cartas de efeito, tabuleiro muito bonito e a mente de Christian Petersen (Game of Thrones e twilight imperium) por trás. Parece-me bem, mas até agora pouca gente teve a oportunidade do testar.
Seja como for, devido à quantidade de tralha que a caixa traz, a brincadeira vai sair cara. O livro de instruções contém 40 páginas. Pelas imagens disponibilizadas temo que a experiência se possa tornar numa autêntica barafunda. Mas é Warcraft e isso pode bastar para aliciar os fãs.




Conquest of the Empire
É um remake do clássico com o mesmo nome criado em 1984 criado por Lawrence Harris.
O jogo centra-se na luta de generais romanos em adquirir poder em Roma. Por isso têm de formar um exército capaz de o ajudar a atingir os objectivos. Usa alguns dos mecanismos do Struggle of Empires de Martin Wallace, que tenho mas que ainda não tive oportunidade de experimentar, apesar de o ter comprado recentemente.
Alianças, votos do senado, influências, impostos, Césares, generais, catapultas, cavalaria e marinha são algumas das palavras encontradas no manual de instruções.
O tema é talvez o seu ponto mais forte. Além do mais tem muitas figuras, o que é sempre bom para embelezar o ambiente e, para os maluquinhos da pintura, este título pode ser uma iguaria difícil de resistir.
Mas será assim tão bom? As opiniões, até ao momento, dividem-se, mas é um Martin Wallace e por isso merece uma espreitadela mais atenta.




Mare Nostrum – Mythology Expansion
Adorei jogar ao Mare Nostrum. Já li as regras da expansão e parece-me, teoricamente, que com ela o jogo ganha muito mais profundidade. Mais opções incluindo novos heróis, criaturas mitológicas com poderes especiais muito diferentes entre si e a possibilidade de pedir a ajuda dos deuses podem fazer de Mytology Expansion o grande jogo deste Natal. Uma nova civilização (Atlântida) é metida ao barulho e diz quem sabe que agora todos os jogadores vão estar em igualdade.
Calha bem, o meu pequeno grupo de gamers adora jogos de porrada e a expansão vai fazer com que nos juntemos mais vezes para ver quem é o melhor.
As primeiras críticas foram muito positivas, o que poderá ser um bom indicador.



Havoc – The Hundred Years War
É um card game e cada vez gosto mais deles. O jogo tem um excelente aspecto e o tema é deveras atractivo. Os card games são óptimos para iniciar os mais cépticos nestas andanças. Para além disso ninguém resiste a uma boa cartada.
Pelo que vi, o grafismo é imaculado. Para um apreciador da idade média como eu e de tudo que a rodeia, este jogo leva-me à tontura. Reparem só na beleza destas cartas. Como a minha namorada também é uma fervorosa adepta de tudo o que diz respeito a este período é natural que me faça companhia nas jogatanas.
Jogo que introduz conceitos do Poker e por conseguinte uma grande dose de bluff.
A ver vamos.



Byzantium
Pronto, eu sei, é outro Martin Walace. Desconfio, com a quantidade de títulos que vai introduzir no mercado, o seu objectivo possa ser enriquecer o mais rapidamente possível. O rapaz trabalha que se farta.
De Byzatium pouco se sabe. Parece que o objectivo anda à roda da defesa do império bizantino dos inimigos Árabes. Para que o objectivo seja cumprido é necessário uma cooperação entre jogadores. Seja como for não faltam as rotas comerciais, os camelos, as tropas de elite e a tomada de cidades. A tomada de cidades é um dos objectivos que rende pontos de vitória, mas estes diminuem quanto mais vezes a cidade mudar de mãos.
Tudo o que envolve contextos históricos merece a minha atenção e Byzantium não vai fugir à regra.







Bom Natal!

2 comentários:

Pedro disse...

Para quando uma análise a esse fantástico jogo de tabuleiro q é o CASTELO DO PRAZER????

Skip disse...

O jogo Tempus realmente chamou minha atenção. Vou traze-lo de Atlanta-USA mes que vem. Espero valera a pena. Abraços de além-mar.