Em termos concretos parecem ser as melhores apostas para os próximos meses. Podem esperar muita miniatura, muita carta e também, porque não dizê-lo, muita diversão.
Aqui estão, pois, os mais aguardados de Verão, para desfrutar com um belo vinho branco e com as janelas abertas. Não espere revelações fantásticas, mas sempre pode olhar para as fotos das caixas e apreciar a beleza dum post que não serve para absolutamente nada.
StarCraft
Depois do jogos de computador, é agora a vez da Fantasy Flight brindar os jogadores com a versão tabuleiro do extraordinário jogo de estratégia em tempo real da Blizzard que fez das delícias de muitos e de mim também no longínquo ano de 1999. Na altura um Pentium a 90 MHz e 16 Mb de memória Ram bastavam. Agora, para se jogar ao jogo de tabuleiro, com toda a certeza, o pobre leitor vai precisar de mais. Uma mesa gigantesca onde caibam os nove mundos e a quantidade abismal de 180 miniaturas que a caixa tem lá dentro.
A maior novidade parece ser o sistema de combate que utiliza cartas transparentes e elimina o lançamento de dados. As batalhas serão rápidas e cada partida demorará 4 horas, podendo albergar a mesma 6 jogadores.
O mentor do projecto é o conhecido Corey Konieczka que já esteve envolvido em outros projectos da Fantasy Flight como o épico Warrior Knights, a última expansão de The Game of Thrones e a expansão para o gigantesco Twilight Imperium.
Pouco mais há a dizer a não ser que se espera uma super produção onde tudo é minuciosamente cuidado e onde o jogador baba de contentamento com o aparato.
Data prevista de lançamento: Setembro de 2007
Age Of Empires III
Mais uma conversão para o tabuleiro dum jogo de computador. Parece ser o filão a seguir da indústria.
Falida a Eagle, é agora a vez da Tropical Games produzir o jogo. Tudo parece bem até ao momento. Os primeiros sinais são francamente positivos e ao que parece o jogador não precisa de ter uma mesa do tamanho da sala para se poder divertir.
Estamos perante um título que não esconde a influência de Caylus. O objectivo é conquistar o novo mundo e, para o conseguir, vamos ter leilões, batalhas e também score de regiões à boa maneira dos “área control”. O jogador terá de desenvolver a economia, aumentar o seu controlo nos mares e poderá utilizar várias estratégias para chegar à vitória. Tudo preparado portanto para esta criação de Glenn Drover que diga-se de passagem é capaz do melhor (Railroad Tycoon), do pior (Age of Mythology) e do assim assim (Conquest of the Empire).
Seja como for contem com centenas de miniaturas em cima da mesa e um tabuleiro de sonho.
Data Prevista de lançamento: Maio de 2007 (sim, este mês)
Republic Of Rome
Já há jogadores que não dormem desde que a notícia do reprint deste clássico de 1990 chegou aos fóruns habituais. O jogo tem uma fama do catano e desde que esgotou as poucas cópias postas à venda, atingiram valores perfeitamente loucos e absurdos no ebay.
Pois é, o jogo representa 250 anos de história e simula as aventuras e desventuras do senado romano durante a república. O jogador controla uma das muitas facções e terá de negociar acordos políticos com as facções rivais até à exaustão. Por outro lado, fora da tensão política que vai criando um louvável mau ambiente entre os participantes, os jogadores, mesmo chateados uns com os outros, vão ser obrigados a juntar forças para que Roma não seja dominada pelos bárbaros.
Republic of Rome tem tudo o que se pode esperar dum jogo que queira recriar o ambiente da altura. Vamos ter negociações políticas, jogos de gladiadores para o contentamento do povo, guerras para valorizar generais que após as vitórias marcham pela cidade, vamos ter pragas, impostos, votações, revoltas e, claro, assassinatos à traição. Os bacanais imagino que não estejam incluídos.
É um jogo pesado para todos aqueles que não se importam de estar 5 horas a pensar.
Data de lançamento: Maio de 2007 (sim, já devia ter saído)
Chinatown
Outro reprint. Chinatown é um fantástico jogo de negociação onde conta tudo menos arrancar olhos para que um jogador consiga os melhores negócios do quarteirão.
Negoceia-se dinheiro, negoceia-se alugueres de espaço, negócios e diz-se por aí que um jogador japonês trocou a mulher por uma lavandaria numa esquina da rua principal do tabuleiro. O Japonês ficou contente, a japonesa ficou contente e só o dono da lavandaria teve razões de queixa porque não só perdeu o negócio como teve de ficar com uma mulher colérica, e consta que, mesmo assim, não ganhou o jogo.
Mas o grande atractivo Chinatown é proporcionar uma interacção brutal entre os jogadores. Os jogadores são obrigados a trocar, a vender etc. Puxa pela capacidade negocial de cada um. Muito recomendado.
Data de lançamento: 2007
Tide Of Iron
Uma vez que a 2ª guerra mundial não deixa de estar na moda e continua a apaixonar os jogadores de tabuleiro, a Fantasy Flight, aproveitando o enorme sucesso de Memoir 44, não quis deixar de lado esta franja de mercado e tratou logo de produzir um título que se lhe assimilasse. E foi o que fez, chamou o competente Christian Petersen (Twilight Imperium, World of Warcraft e Game of Thrones) o fiel ajudante Corey Konieczka (sim o mesmo do Starcraft) e o resultado parece ter sido bem bom. É um misto de Memoir 44 e Advanced Squad Leader e segundo os mais entendidos é 5 vezes mais complexo que o Memoir 44 e 20 menos complexo que o Advanced Squad leader, o que não deixa de ser um bom sinal. Centenas de miniaturas e mapas por todo o lado. Claro que vão começar a chover expansões todos os anos e os cofres da Fantasy Flight vão-se encher.
Seja como for, estava para comprar o Memoir 44 e agora ando dividido.
Data de lançamento: Para a semana
Stonehenge
Uma caixa, 5 jogos, 5 designers. A ideia é boa o resultado logo se vê. Mas seja como for o conceito de chamar 5 designers conhecidos, a saber - Richard Garfield (Magic the Gathering), Bruno Faidutti (Citadels), Richard Borg (Memoir 44), James Ernest e Mike Selinker - parece interessante e até pode ser compensador se, eventualmente, de entre os 5 projectos houver 2 bons.
As ruínas de Stonehenge dão o mote e vamos lá ver o que acontece. A ideia é ter 5 tipos de jogo diferentes utilizando os mesmos componentes.
Data de Lançamento: 2007
Phoenicia
Vamos lá ver se é desta. O sonho de qualquer designer e de qualquer jogador é conseguir criar um bom jogo de civilização que se jogue dentro dum tempo aceitável. Já muitos o tentaram desde Martin Wallace com o seu fraco Tempvs até Serge Laget com o seu interessante Maré Nostrum. Mas os resultados ficaram sempre abaixo das expectativas.
Farto dos insucessos dos outros, Thomas Lehmann calçou as luvas de cirugião e transformou o velhinho Outpost neste Phoenicia.
Podemos esperar tudo o que se deseja num jogo deste tipo. Impérios, cidades, trocas comerciais, construção duma economia de raiz que sustente a evolução do império e arranjar suficiente comida para alimentar a população.
Será que finalmente podemos dar graças a Deus por um jogo de civilização como deve ser?
A ver vamos, mas há já quem ache que é santo Graal dos jogos de civilização. Para mim, numa rápida leitura das regras parece-me mais uma mistura saudavel entre Puerto Rico e Goa.
Data de Lançamento: Junho (se os chineses não se atrasarem)
6 comentários:
Os que eu mais aguardo são Republic of Rome, Titan, Liberté e Chinatown, no mundo dos reprints, e Race for the galaxy, Phoenicia e, eventualmente, o Containers, nos novos lançamentos.
Age of Empires III cheira-me a banho, porque as minhas experiências com os jogos deste rapaz são sempre desilusões (o age of mithology tem ideias giras, mas um sistema de combate que não lembra ao diabo e arruina o jogo, o conquest of the empire II ainda não percebi se é um melhoramento ou não do struggle of empires e o railroad tycoon ainda não joguei, mas pelo que li das regras, não me cheira a nada de especial). Pode ser que esteja enganado mas encaro este com reservas. Quanto ao Starcraft, cheira-me que é mais um para juntar à linha do world of warcraft, descent e doom, que não me interessa minimamente.
Em relação ao Tide of Iron tenho curiosidade, mas acho que o Combat Commander: Europe é capaz de ser o jogo a comprar, no mesmo patamar.
Da lista espero muito do Phoenicia e um pouquinho pelo Age of Empires. O grande banho, para mim, será o Stonehenge. Vou querer ver como é que é e tenho uma grande expectativa mas, ao mesmo tempo, acho que vai ser uma desilusão. Talvez directamente proporcional à expectativa.
A última grande desilusão foi o graenaland. Tantas coisas boas se disseram quando o bicho saiu à rua que, para recuperar desta, preciso de uma estação inteira. Talvez esse verão de jogos novos dê para isso.
Chinatown está também na minha lista. O Republilc of Rome devo passar devido à duração.
O Race for the galaxy poderá interessar já que procuro um jogo dentro dessa temática. Ainda por cima parece que é bom com dois jogadores :D
A minha aposta pessoal vai para o novo design de Franz-Benno Delonge, CONTAINERS, a ser editado pela Valley Games. Mas para além destes tenho boas expectativas para os já mencionados STONEHENGE e PHOENICIA. E uma vez que eu sou um gajo que vive para fazer listas, acrescento ainda a este pack de novos lançamentos, mais alguns títulos que me deixam bastante ansioso, a saber: DER MARKT VON ALTURIEN, SUPERNOVA, MUNICIPIUM, ROTTERDAM e PORTOBELLO MARKET.
Meu Deus! E onde é que vamos arranjar pilim para isto tudo :P
Alguém chegou a jogar Stonehenge? Há alguma session report ou review por aí?
Cumprimentos.
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