08 agosto 2007

Ludus – O Paraíso na terra?

Bem sei que o Brasil é uma terra de gente simpática, de boas praias, boa música e que, além disto tudo, tem entre os seus monumentos uma das mais espantosas maravilhas do mundo. O Cristo Redentor.
Mas a verdadeira maravilha deste país está escondida em São Paulo na rua 13 de Maio. Falo da luderia Ludus que serve de ponto de encontro para os jogadores de São Paulo e cuja página consulto várias vezes para saber das novidades e também porque tenho uma secreta paixão em ver fotografias de pessoas a jogar com um sorriso nos lábios. Sou daqueles que pensa que o melhor dos jogos está no prazer do convívio e não propriamente no desafio do jogo.


Ora, fico então bastante satisfeito em observar as mesas cheias de malta a jogar e este site é sem sombra de dúvida, o site mundial onde existem mais pessoas felizes por imagem. Desde os cozinheiros, aos jogadores, passando pelos empregados, pelos donos e era capaz de jurar que vi um meeple numa mesa aos saltos de felicidade.
O caso não é para menos. O Projecto é bastante interessante e parece-me, aqui do outro lado do oceano, que existe muito amor envolvido.


Além disto tudo, a Ludus recebe aniversários, campeonatos, apenas curiosos e também gente que está passando e quer comer apenas uma sanduíche.
E no fim toda a gente joga. Jogam os empregados, jogam os cozinheiros, jogam os clientes e, diz quem viu, que até os argentinos fazem uma partidinha.
Assim é que é. Se a minha namorada quisesse, até era capaz de fazer turismo lúdico aí em São Paulo. Passava uma semana Hotel/Ludus e Ludus/Hotel.
Mas se tivesse a lata de lhe propor umas férias assim era capaz de ouvir das poucas e das boas.


É também com muito prazer que vejo mesas cheias de raparigas. Isso sim, é algo completamente impressionante que vem contrariar a tendência que se vive em Portugal.
Mas, como toda a gente sabe, as brasileiras são sem dúvida as melhores jogadoras do mundo.


Mas pronto. Na verdade o post foi só para dar um abraço aos nossos amigos brasileiros que lêem o nosso blog e para todos aqueles que vão escrevendo para nós do outro lado do atlântico.
Apesar de todo o esforço que faço, não consigo deixar de pensar nas palavras do Zorg cada vez que vejo o site da Ludus:
“Ao pé dos meus jogos ninguém come nem bebe!”.

http://www.luderia.com.br/

5 comentários:

Anónimo disse...

É Hugo... ao invés de felicidade, a Ludus me trouxe nostalgia: inaugurou bem ao lado de casa exatamente quando me mudei aqui para a Europa.

Os amigos do Brasil entretanto estão se divertindo horrores!

Propuz até expandirem o projeto para um complexo hoteleiro, de forma que, turistas como nós, ficariam hospedados na própria Ludus :)

Aliás, parabéns pelo blog - que acompanho frequentemente e, quando estiver a passear pela Escandinávia, joguemos alguma coisa!

Hugo Carvalho disse...

Isso é que é azar Tiago!
Bem, aposto que enquanto os seus vizinhos se divertem a jogar um Catan, você sempre se pode vingar construindo um boneco de neve ou então andando de trenô!

Um abraço!

Azulantas disse...

Espectacular!

Interessante que no Reino Unido passa-se a mesma coisa em relação ao publico feminino que teima em continuar ausente das mesas onde se jogam boardgames modernos.

Este conservadorismo há muito ultrapassado na Alemanha e, pelos vistos, no Brasil, só me faz pensar o quanto os grupos e clubes de boardgamers tanto em Portugal como no RU ainda podem evoluir...

Excelente reportagem Hugo. Abraços!

Unknown disse...

Confirmado: e o paraiso em terras tupiniquins.
Podemos contar nos dedos de uma mao as lojas que vendem os afamados jogos modernos.
Outra opcao sao as lojas virtuais, mas ha o altissimo custo do frete, e dos impostos.
A ludus apareceu como um oasis no meio de um imenso deserto.
Enfim, e o paraiso....

Spirale disse...

Apesar de já existir nalguns sítios além fronteiras, a ideia e conceito continuam a ser muito apelativos. Até porque ao ver as fotos, ficamos com a noção de que não estão propriamente enclausurados numa gruta ou cubículo - tipo nerds ou geeks a sofrerem do síndroma "grupinho à parte"! É precisamente o oposto. Há sociabilidade em grande escala, bem "regada" e alimentada. Melhor do que isso só mesmo em casa de um bom anfitrião.

Quanto à suposta dificuldade em ter grupos de jogo que não sejam exclusivamente masculinos, posso afirmar que a minha experiência pessoal é oposta. Felizmente não padeço dessa dificuldade, aparentemente generalizada, de ter raparigas à volta de uma mesa de jogo, a jogar um qualquer jogo de tabuleiro.

Aliás, sou vítima recente de uma valente coça no Princes of Florence, infligida por uma senhora! Quero ver se recupero da mesma com uma desforra digna desse nome. :-)