Cá chegamos a mais um ébrio Dezembro e começa a ser altura de fazer alguns balanços. É sempre complicado enumerar meia dúzia de jogos e considerá-los os melhores dum determinado ano. É difícil porque existem centenas de títulos novos que saíram para o mercado e eu só tive a oportunidade de experimentar uma percentagem muito pequena deles. Ainda para mais Essen teve lugar há muito pouco tempo e só aos poucos é que vamos percebendo o que realmente aconteceu por lá.
Por isso, e imbuído dum espírito de sensatez que aliás já me é habitual, decidi antes fazer uma lista das melhores sessões de 2006 em que participei. Este ano foi muito bom nessa matéria e as jogatanas sucederam-se a um bom ritmo, pelo que difícil foi mesmo escolher as mais divertidas e as mais emocionantes. Por outro lado também é uma forma de poder homenagear os jogos que passaram pelas mesas e que mais brilharam e contribuíram não só para a formação de novos jogadores mas também para consolidar os habituais. É afinal esta a magia dos jogos de tabuleiro, o convívio entre as pessoas, e a possibilidade de enfrentarmos os amigos em ambientes diferentes e motivantes, seja na idade média, seja nos leilões de arte, nas margens do Tigre e do Eufrates ou numa corrida de formula um.
1 – Modern Art
Se houve jogo que joguei incansavelmente este ano foi esta maravilhosa obra de Reiner Knizia. Daí o primeiro lugar. Mas Modern Art vai ficar para sempre associado a este verão que foi saudavelmente passado em terras alentejanas. Juntávamos todos, munidos de garrafas de vinho da região e percorríamos as horas da madrugada a leiloar quadros e mais quadros. Claro que para o fim da noite já não havia muito discernimento para leiloar seja o que for, mas acontecesse o que acontecesse e fossem quais fossem as circunstâncias da noite não sobrava nenhuma garrafa de vinho para o dia seguinte. Foram 7 dias em beleza passados entre a piscina, os prazeres do vinho e a arte de Knizia.
2 – Ticket to Ride Marklin Edition
Ticket to Ride Marklin foi um jogo que sempre que apareceu nas mesas encantou todos. Não só pela sua simplicidade mas também, e especialmente, pela sua imaculada beleza. Foi um jogo que contribuiu para que houvesse mais malta em minha casa para fazer uma jogatana aos fins-de-semana e, ainda por cima, malta por quem tenho muita estima. Agradeço ao Alan Moon pelo contributo que teve para o crescimento de jogadores à minha volta.
Por outro lado também o pequeno torneio de Ticket to Ride que fizemos em Lisboa correu muito bem e toda a gente se divertiu bastante.
Uma imagem bonita foi ver os jogadores que participaram de comboios na mão a distribuírem-nos pelas cidades alemãs.
3 – Elasund
Não tanto pelo jogo, que apesar de parecer ser bom, ainda não tive oportunidade de o voltar a jogar e por isso a minha opinião está muito baseada numa única experiência. Mas essencialmente a escolha deste terceiro lugar deve-se a uma sessão que tivemos com a Bel, ilustre contribuidora do blog brasileiro obatijolo. Bel fez uma viagem por Portugal e claro que não podíamos deixar escapar a oportunidade de fazermos um jogo com ela quando chegasse a Lisboa. E foi o que aconteceu. Foi uma noite bastante agradável onde falamos imenso sobre jogos e conhecemos um pouco o grupo de jogadores do Obatijolo (especialmente a Tânia).
E pronto, a magia dos jogos também é isso, podermos juntar a uma mesa pessoas que se não fosse este hobby jamais teriam a oportunidade de estarem juntas, ainda para mais quando têm um oceano pela frente.
Deixo um sentido abraço à Bel e a todos os obatijolenses e que tenham um belo ano de 2007 com muitos posts e também muitas viagens. Se algum de vós vier a Portugal já sabem que têm aqui malta à vossa espera!
4 – Princes of Renaissance
A pancada por este PoR bateu forte no final da primavera. Foi muita a discussão que o jogo proporcionou e discutiu-se muito as possibilidades que este título abre aos jogadores. Várias estratégias, guerra, bluff, leilão e muita interacção. Jogámos várias vezes e todas elas foram sempre deliciosas. Incompreensivelmente deixou-se de o jogar, consequência da quantidade de jogos que chegam da Alemanha. Mas é um jogo e pêras. Espero que seja posta no mercado a nova versão para a juntar à minha colecção. Gosto daquele leilão onde os jogadores vão controlando os gastos uns dos outros e depois aquela particularidade das guerras servirem para angariar dinheiro deliciam qualquer um. Wallace no seu melhor.
5 – El Grande
Foi uma surpresa para mim. Não o tinha ainda jogado, apesar de conhecer a sua fama. Joguei-o num encontro de Boardgamers e apaixonei-me logo. Comprei-o e joguei-o com o meu mais recente grupo de ex-non-gamers. Brilhou em grande estilo. Toda a gente a olhar para o tabuleiro, a pensar e a ter dificuldades em decidir-se. Assim é que eu gosto. Ver os jogadores envolvidos com os cubos, com as cartas e com um olho na pontuação. Bebeu-se vinho da Catalunha para dar ambiente às pupilas gustativas dos participantes e só acabámos já o sol se tinha posto. Toda a gente feliz por ter passado uma tarde das suas vidas a jogar um jogo fabuloso. El Grande é um grande desafio e andamos todos caidinhos por ele. Em 2007 tenho a certeza que vai encher as mesas da malta.
6 – Puerto Rico
Tem vindo a ganhar fama entre os jogadores que me rodeiam. Bem sei que é um jogo antigo, mas só o descobrimos verdadeiramente agora. Portanto andamos todos a afinar estratégias e a jogá-lo bastante. Dum momento para o outro já quase todos nós comprámos uma cópia para ter em casa, o que demonstra a sua qualidade. Bem sei que não é o estilo de muita gente, mas é um jogo com uma mecânica soberba e onde a interacção entre os jogadores está tão bem sacada que quase não se nota, mas que a há, há.
Muita gente contesta a posição alcançada de melhor jogo de sempre. Para mim é bem merecida. Posso enumerar dez jogos que gosto mais de jogar que este Puerto Rico, mas admito que é um jogo soberbo a todos os níveis e também muito viciante.
Foi ao mesmo tempo, peça principal dum torneio em Lisboa que correu bastante bem e que acabou por contribuir para que mais malta venha a estes torneios mensais.
7 – Struggle Of Empires
Foi logo ao princípio do ano, mas foi uma grande e emocionante sessão. 6 jogadores e um mundo por conquistar. Muita negociação, muitos interesses envolvidos e muito sangue.
Gosto imenso deste jogo ou não tivesse ele a assinatura do grande Wallace, e a sessão que fizemos, num dos primeiros encontros de Boardgamers do ano, usámo-lo para conseguir albergar no tabuleiro todos os participantes do encontro (6). O resultado foi o que se pode esperar dum jogo de Martin Wallace. Faz lembrar, de alguma maneira, o velhinho Risco e foi bom para mim voltar a sentir os destinos do mundo nas minhas mãos. Claro que a contrário do Risco este SoE é bastante mais evoluído e tem mais decisões num turno que o Risco num jogo inteiro, mas ver as nossas tropas todas dum lado para o outro no mapa mundo é sempre emocionante. Nunca mais o joguei o que é uma pena. Mas o facto de envolver conflitos militares acaba por afastar muitos dos gamers. Para mim, homem destemido, não há nada como um bom jogo de guerra para me alegrar a alma.
8 – Poker
É um jogo de cartas simples e todos os anos o ritual mantém-se. No dia de Natal, à tarde toda a família da minha namorada se reúne para uma partida de Poker. É a feijões, não existe nenhum dinheiro envolvido, mas a paixão com que se joga é tão grande que não se nota, ao longo das 5 horas, que estamos só na reinação. O objectivo é ganhar as fichas todas da mesa. Joga-se pela fama de se ser o melhor jogador de Poker da família e isso tem mais valor que qualquer maço de notas de euro que se possa levar para casa.
9 – Commands and Colors
Só o joguei a sério uma vez. Foi com o grande Zorg, e demorei algum tempo para entender a mecânica, mas quando deu o click fiquei apaixonado. Bebemos vinho e a batalha demorou a ser resolvida. É o melhor jogo a dois que se pode encontrar no mercado. É caro, é sim senhor, dá muito trabalho a colar aqueles autocolantes todos, dá sim senhor, mas confiem em mim, vale cada cêntimo. Nunca a guerra foi tão fantástica. Ao mesmo tempo este jogo permite ao jogador começar a olhar com curiosidade para os outros jogos de guerra que por aí andam. E como não há nada como um jogador estar bem informado, já começam a circular entre nós livros sobre a queda de Cartago, e sobre a história dos conflitos armados. Agora, para que a experiência seja mais real ainda, só falta comprar um elmo e uma espada.
Pela glória de Roma!
10 – Roma
Finalizo esta pequena lista com mais um título para dois jogadores. A verdade é que me fartei de jogar Roma e acho o jogo extraordinário para o fim a que se propõe e por isso merece este lugar. Dois jogadores e uma mecânica muito inteligente que permite pensar e também usar a imaginação para dar a volta às situações que vão surgindo ao longo duma partida. É rápido e motivante e está tudo dito.
E já que estou numa de balanço, vou armar-me em Professor Marcelo e dar também a minha lista de pontos positivos e pontos negativos do ano.
Os pontos positivos, felizmente são muitos. Começam logo por haver cada vez mais mesas disponíveis para a jogatana e mais jogadores para jogar. Dois factores importantes foram os responsáveis, o facto dos meus amigos e eu próprio termos comprado casa, havendo mais espaço e possibilidade de jogo e também por se sucederem os encontros de jogadores que trazem com eles uma verdadeira multidão de fanáticos que se juntam e jogam tudo o que há para jogar.
Outro dos pontos positivos que tenho de salientar é a existência de blogues sobre jogos de tabuleiro escritos em português que viram a luz do dia este ano. O ObaTijolo dos nossos amigos além mar, o SpielPortugal com novas críticas todas as semanas, o Bodegueims que tem a particularidade dos posts serem escritos em inglês e português e claro o site que serve de ponto central a isto tudo, o AbreoJogo. Se fosse o dono da Time elegia como personalidade do ano o Ricardo Madeira que nos tem juntado todos e feito os possíveis para que malta do RPG jogue também no tabuleiro.
Ponto negativo só mesmo a minha namorada continuar sem achar piada nenhuma a esta coisa dos jogos.
E pronto, foi assim 2006, que venha agora 2007 e que para o ano cá estejamos todos com a casa cheia de jogos.
Por isso, e imbuído dum espírito de sensatez que aliás já me é habitual, decidi antes fazer uma lista das melhores sessões de 2006 em que participei. Este ano foi muito bom nessa matéria e as jogatanas sucederam-se a um bom ritmo, pelo que difícil foi mesmo escolher as mais divertidas e as mais emocionantes. Por outro lado também é uma forma de poder homenagear os jogos que passaram pelas mesas e que mais brilharam e contribuíram não só para a formação de novos jogadores mas também para consolidar os habituais. É afinal esta a magia dos jogos de tabuleiro, o convívio entre as pessoas, e a possibilidade de enfrentarmos os amigos em ambientes diferentes e motivantes, seja na idade média, seja nos leilões de arte, nas margens do Tigre e do Eufrates ou numa corrida de formula um.
1 – Modern Art
Se houve jogo que joguei incansavelmente este ano foi esta maravilhosa obra de Reiner Knizia. Daí o primeiro lugar. Mas Modern Art vai ficar para sempre associado a este verão que foi saudavelmente passado em terras alentejanas. Juntávamos todos, munidos de garrafas de vinho da região e percorríamos as horas da madrugada a leiloar quadros e mais quadros. Claro que para o fim da noite já não havia muito discernimento para leiloar seja o que for, mas acontecesse o que acontecesse e fossem quais fossem as circunstâncias da noite não sobrava nenhuma garrafa de vinho para o dia seguinte. Foram 7 dias em beleza passados entre a piscina, os prazeres do vinho e a arte de Knizia.
2 – Ticket to Ride Marklin Edition
Ticket to Ride Marklin foi um jogo que sempre que apareceu nas mesas encantou todos. Não só pela sua simplicidade mas também, e especialmente, pela sua imaculada beleza. Foi um jogo que contribuiu para que houvesse mais malta em minha casa para fazer uma jogatana aos fins-de-semana e, ainda por cima, malta por quem tenho muita estima. Agradeço ao Alan Moon pelo contributo que teve para o crescimento de jogadores à minha volta.
Por outro lado também o pequeno torneio de Ticket to Ride que fizemos em Lisboa correu muito bem e toda a gente se divertiu bastante.
Uma imagem bonita foi ver os jogadores que participaram de comboios na mão a distribuírem-nos pelas cidades alemãs.
3 – Elasund
Não tanto pelo jogo, que apesar de parecer ser bom, ainda não tive oportunidade de o voltar a jogar e por isso a minha opinião está muito baseada numa única experiência. Mas essencialmente a escolha deste terceiro lugar deve-se a uma sessão que tivemos com a Bel, ilustre contribuidora do blog brasileiro obatijolo. Bel fez uma viagem por Portugal e claro que não podíamos deixar escapar a oportunidade de fazermos um jogo com ela quando chegasse a Lisboa. E foi o que aconteceu. Foi uma noite bastante agradável onde falamos imenso sobre jogos e conhecemos um pouco o grupo de jogadores do Obatijolo (especialmente a Tânia).
E pronto, a magia dos jogos também é isso, podermos juntar a uma mesa pessoas que se não fosse este hobby jamais teriam a oportunidade de estarem juntas, ainda para mais quando têm um oceano pela frente.
Deixo um sentido abraço à Bel e a todos os obatijolenses e que tenham um belo ano de 2007 com muitos posts e também muitas viagens. Se algum de vós vier a Portugal já sabem que têm aqui malta à vossa espera!
4 – Princes of Renaissance
A pancada por este PoR bateu forte no final da primavera. Foi muita a discussão que o jogo proporcionou e discutiu-se muito as possibilidades que este título abre aos jogadores. Várias estratégias, guerra, bluff, leilão e muita interacção. Jogámos várias vezes e todas elas foram sempre deliciosas. Incompreensivelmente deixou-se de o jogar, consequência da quantidade de jogos que chegam da Alemanha. Mas é um jogo e pêras. Espero que seja posta no mercado a nova versão para a juntar à minha colecção. Gosto daquele leilão onde os jogadores vão controlando os gastos uns dos outros e depois aquela particularidade das guerras servirem para angariar dinheiro deliciam qualquer um. Wallace no seu melhor.
5 – El Grande
Foi uma surpresa para mim. Não o tinha ainda jogado, apesar de conhecer a sua fama. Joguei-o num encontro de Boardgamers e apaixonei-me logo. Comprei-o e joguei-o com o meu mais recente grupo de ex-non-gamers. Brilhou em grande estilo. Toda a gente a olhar para o tabuleiro, a pensar e a ter dificuldades em decidir-se. Assim é que eu gosto. Ver os jogadores envolvidos com os cubos, com as cartas e com um olho na pontuação. Bebeu-se vinho da Catalunha para dar ambiente às pupilas gustativas dos participantes e só acabámos já o sol se tinha posto. Toda a gente feliz por ter passado uma tarde das suas vidas a jogar um jogo fabuloso. El Grande é um grande desafio e andamos todos caidinhos por ele. Em 2007 tenho a certeza que vai encher as mesas da malta.
6 – Puerto Rico
Tem vindo a ganhar fama entre os jogadores que me rodeiam. Bem sei que é um jogo antigo, mas só o descobrimos verdadeiramente agora. Portanto andamos todos a afinar estratégias e a jogá-lo bastante. Dum momento para o outro já quase todos nós comprámos uma cópia para ter em casa, o que demonstra a sua qualidade. Bem sei que não é o estilo de muita gente, mas é um jogo com uma mecânica soberba e onde a interacção entre os jogadores está tão bem sacada que quase não se nota, mas que a há, há.
Muita gente contesta a posição alcançada de melhor jogo de sempre. Para mim é bem merecida. Posso enumerar dez jogos que gosto mais de jogar que este Puerto Rico, mas admito que é um jogo soberbo a todos os níveis e também muito viciante.
Foi ao mesmo tempo, peça principal dum torneio em Lisboa que correu bastante bem e que acabou por contribuir para que mais malta venha a estes torneios mensais.
7 – Struggle Of Empires
Foi logo ao princípio do ano, mas foi uma grande e emocionante sessão. 6 jogadores e um mundo por conquistar. Muita negociação, muitos interesses envolvidos e muito sangue.
Gosto imenso deste jogo ou não tivesse ele a assinatura do grande Wallace, e a sessão que fizemos, num dos primeiros encontros de Boardgamers do ano, usámo-lo para conseguir albergar no tabuleiro todos os participantes do encontro (6). O resultado foi o que se pode esperar dum jogo de Martin Wallace. Faz lembrar, de alguma maneira, o velhinho Risco e foi bom para mim voltar a sentir os destinos do mundo nas minhas mãos. Claro que a contrário do Risco este SoE é bastante mais evoluído e tem mais decisões num turno que o Risco num jogo inteiro, mas ver as nossas tropas todas dum lado para o outro no mapa mundo é sempre emocionante. Nunca mais o joguei o que é uma pena. Mas o facto de envolver conflitos militares acaba por afastar muitos dos gamers. Para mim, homem destemido, não há nada como um bom jogo de guerra para me alegrar a alma.
8 – Poker
É um jogo de cartas simples e todos os anos o ritual mantém-se. No dia de Natal, à tarde toda a família da minha namorada se reúne para uma partida de Poker. É a feijões, não existe nenhum dinheiro envolvido, mas a paixão com que se joga é tão grande que não se nota, ao longo das 5 horas, que estamos só na reinação. O objectivo é ganhar as fichas todas da mesa. Joga-se pela fama de se ser o melhor jogador de Poker da família e isso tem mais valor que qualquer maço de notas de euro que se possa levar para casa.
9 – Commands and Colors
Só o joguei a sério uma vez. Foi com o grande Zorg, e demorei algum tempo para entender a mecânica, mas quando deu o click fiquei apaixonado. Bebemos vinho e a batalha demorou a ser resolvida. É o melhor jogo a dois que se pode encontrar no mercado. É caro, é sim senhor, dá muito trabalho a colar aqueles autocolantes todos, dá sim senhor, mas confiem em mim, vale cada cêntimo. Nunca a guerra foi tão fantástica. Ao mesmo tempo este jogo permite ao jogador começar a olhar com curiosidade para os outros jogos de guerra que por aí andam. E como não há nada como um jogador estar bem informado, já começam a circular entre nós livros sobre a queda de Cartago, e sobre a história dos conflitos armados. Agora, para que a experiência seja mais real ainda, só falta comprar um elmo e uma espada.
Pela glória de Roma!
10 – Roma
Finalizo esta pequena lista com mais um título para dois jogadores. A verdade é que me fartei de jogar Roma e acho o jogo extraordinário para o fim a que se propõe e por isso merece este lugar. Dois jogadores e uma mecânica muito inteligente que permite pensar e também usar a imaginação para dar a volta às situações que vão surgindo ao longo duma partida. É rápido e motivante e está tudo dito.
E já que estou numa de balanço, vou armar-me em Professor Marcelo e dar também a minha lista de pontos positivos e pontos negativos do ano.
Os pontos positivos, felizmente são muitos. Começam logo por haver cada vez mais mesas disponíveis para a jogatana e mais jogadores para jogar. Dois factores importantes foram os responsáveis, o facto dos meus amigos e eu próprio termos comprado casa, havendo mais espaço e possibilidade de jogo e também por se sucederem os encontros de jogadores que trazem com eles uma verdadeira multidão de fanáticos que se juntam e jogam tudo o que há para jogar.
Outro dos pontos positivos que tenho de salientar é a existência de blogues sobre jogos de tabuleiro escritos em português que viram a luz do dia este ano. O ObaTijolo dos nossos amigos além mar, o SpielPortugal com novas críticas todas as semanas, o Bodegueims que tem a particularidade dos posts serem escritos em inglês e português e claro o site que serve de ponto central a isto tudo, o AbreoJogo. Se fosse o dono da Time elegia como personalidade do ano o Ricardo Madeira que nos tem juntado todos e feito os possíveis para que malta do RPG jogue também no tabuleiro.
Ponto negativo só mesmo a minha namorada continuar sem achar piada nenhuma a esta coisa dos jogos.
E pronto, foi assim 2006, que venha agora 2007 e que para o ano cá estejamos todos com a casa cheia de jogos.
4 comentários:
Hugo,
Excelente "Review" do que foi 2006 para ti.
Agradeço desde já a honrosa menção ao BodeGueims que, comparando com o Jogos de Tabuleiro, é ainda uma criança.
Também concordo com o atribuir do "Nobel" dos sites sobre Jogos ao Ricardo Madeira. O trabalho dele tem sido simplesmente fantástico!
Desejo-vos um excelente 2007 recheado de jogos na estante e, principalmente, na mesa.
Desejo ainda que todos os sites e blogs sobre boardgames possam evoluir bastante, em qualidade e quantidade, e ainda que nos possamos encontrar um destes dias para uma jogatana!
Abraços
P.S.: Espero que esteja tudo bem com o Mestre Zorg, pois já há bastante tempo que não lhe leio um post.
Foi um bom ano. Realmente aquilo que de mais importante retiramos dos jogos, das session reports, é as pessoas com que os jogámos e quanto nos divertimos. E isso pode tornar um joguito num jogão e vice-versa.
Obrigado, em nome de toda a equipa que faz o spiel portugal, pela referência. :)
Um excelente ano de 2007.
Salvé Ricardo Madeira.
Ena, rapazes, assim deixam-me encavado! Muito obrigado pela homenagem, aquece-me o coração neste tempo frio. Muito obrigado.
Grande post Hugo, gostei imenso de ler! E a tua menção ao Struggle of Empires relembra-me de que estamos à espera que te dignes a dizer à tua gaja que "Sábado, dia tal" não vais estar disponível porque vais passar a tarde a jogar SoE com a malta! Toca a marcar isso, caramba!!! Devias ter posto isso nas tuas resoluções para 2007! :)
Que alegria ver o relato do encontro obatijolístico com a malta do jogos de tabuleiro. Torço que em 2007 (ou nos próximos anos) tanto nós visitemos Portugal, quanto vocês venham ao Brasil.
E sobre a sua lista, concordo inteiramente sobre o que você disse sobre o El Grande e o Puerto Rico. Sugiro (caso não tenha experimentado) que use a expansão King and Intrigue do El grande, que torna o jogo ainda mais "cabeçudo".
abraços e feliz 2007
Chirol
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