07 janeiro 2010

Os grandes jogos da década: Antiquity




Antiquity é o jogo que confirmou a Splotter como uma das editoras mais interessantes e peculiares do panorama actual. Com meios muito reduzidos e editando exclusivamente os jogos criados pelos dois donos, Jerouen Doumen e Joris Wiersinga, a Splotter tem conseguido o feito de editar consistentemente jogos complexos, originais e temáticos. Antiquity é uma das suas melhores criações: os jogadores começam com uma cidade, com alguma população e um carro de ferramentas e têm de explorar os terrenos em torno da cidade para obter recursos. Podem-se construi quintas, portos de pesca, minas e serrações e usar a população para fazer tudo isso trabalhar. Fazer as coisas trabalhar, causa poluição que vai, pouco a pouco, inutilizando os terrenos ao redor da cidade. Com os recursos obtidos, alimenta-se a população, constroem-se edifícios com efeitos variados e, eventualmente, mais cidades. Um dos edifícios que se podem construir é a catedral que, no momento da construção, é dedicada a um santo específico, o que determina a condição de vitória do jogador. Caso não se gira bem a questão da poluição, fica-se sem espaço no mapa para fazer coisas em poucas jogadas. Caso não se gira bem a questão da comida, fica-se sem espaço para construir edifícios nas cidades (porque a falta de comida provoca mortes, representadas por pedras tumulares que têm de ser colocadas na cidade). Estes dois factores combinados fazem com que, às vezes, o jogo "derrote" os jogadores e os coloque numa espiral descontrolada rumo à destruição. No primeiro jogo que jogámos, aconteceu aos dois jogadores, pelo que ninguém ganhou. :)

MAs tudo é implementado com grande elegância. Há aqui muitas ideias originais que, em alguns casos, já foram reaproveitadas em jogos ilustres (a necessidade de alimentar a população, a forma como se planta a semente e se colhem os vegetais, etc). Também tem outras boas ideias que nunca vi em mais nenhum jogo (as condições de fim de jogo diferentes por jogador e escolhidas num momento definido pelo próprio, a forma como a acção dos jogadores transforma a paisagem, ZOCs, etc). Não há sorte nem informação escondida.

O único ponto negativo que lhe posso apontar é a enorme quantidade de peças de dimensões relativamente reduzidas que o jogo tem o que o torna, às vezes, fisicamente difícil de jogar. Fora isto, e não fosse o pormenor de estar out of print há uns tempos, (e as cópias que existem serem caríssimas), dir-vos-ia para irem a correr comprar!

2 comentários:

Catenaccio disse...

Satisfaz-me comprovar que voltaram a escrever. Espero que o registo seja para manter, mantendo o blogue actualizado, na medida das vossas disponibilidades.

É muito interessante virem recordar estes 'clássicos', numa perspectiva de não esquecerem os jogos mais marcantes da última década.

Lanço, agora, um desafio, numa perspectiva de futuro próximo: quais os títulos mais aguardados de 2010 ou quais aqueles, mais recentes (de final de 2009, por exemplo), em que estão mais ansiosos por jogar?

Grande abraço1

Cacá disse...

Esse realmente é um clássicão... bonito (dentro do possível), cheio da coisas interessantes e se não fosse o detalhe do OOP eu já teria uma caixona dele na minha estante... =D

Tenho um home-made do Roads and Boats, mas só de pensar em outra empreitada "Splotter" fico desanimado... HAhahAHhaha...

Abraços do Brasil...